quinta-feira, 21 de junho de 2018

Lavar as mãos

ainda.... com esse pensamento...
vejamos se é desta que as dúvidas passam ....

Para quem acha que a Lei Alimentar de Levítico 11 e Deuteronômio 14 foi abolida no "Novo Testamento", segue explanação dos textos usados de forma incorreta para se embasar tal erro.

Comer sem lavar as Mãos! Análise de Mateus 15.


O QUE FAZ MAL? – O QUE ENTRA OU O QUE SAI DA BOCA DO HOMEM?

Cuidado! Não faça experiência para comprovar.

“Mas o que sai da boca procede do coração, e isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias. São estas coisas que contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem.” Mateus 15:18-20

Observou o detalhe? – Lavar as mãos!


NUNCA ESQUEÇA:Deus fez nosso corpo perfeito para nele morar. I Cor. 3: 16. Disse-me alguém enfaticamente: “Eu como caranguejo, siri, lagosta, camarão, peixe de couro, enfim, tudo que Moisés proibiu, porque quem autorizou a comer, não foi o homem, mas o próprio Jesus Cristo ”

Depois, aquele amigo querido, citou o verso 11 de Mateus 15, que diz: “O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca isso é o que contamina o homem.”

Este apetite descontrolado está fundamentado em um verso isolado que desfigura o contexto, fato que me proponho dissecar agora, por amor a cada um que se diz verdadeiramente servir ao Deus Criador dos céus e da terra , Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

não esqueca Deus é quem proibiu em Levítico 11 e reafirmou em Deuteronômio 14. Em segundo lugar, Jesus Cristo é obediente a tudo que Deus estabeleceu, e como tal, se Ele ensinasse a desobedecer as regras do Pai, estaria contradizendo tudo o que o Pai disse e se fazendo o menor no Reino dos Céus, conforme Mateus 5.19.

Ouça: “Deus não muda” – Malaquias 3: 6, “Não há sombra nem variação” – Tiago 1: 17 ; “Não fará coisa alguma, sem antes ter revelado o Seu segredo aos Seus servos, os profetas” – Amós 3: 7 “Não alterarei o que saiu dos Meus lábios” – Salmo 89: 34; “A palavra de nosso Deus subsiste eternamente” – Isaías 40: 8

Logicamente, Jesus não poderá contradizer aquilo que foi proferido por Deus, ainda que o homem assim o deseje. Tito 1:2.
Portanto, para entender o que Jesus Cristo quer ensinar neste verso, é preciso ler todo o capítulo 15 de Mateus, senão, você vai capitular e, como os discípulos, ficar boquiaberto. Veja: Mateus 15: 15-16 “E Pedro, tomando a palavra, disse-Lhe: explica-nos esta parábola. Jesus Cristo , porém, disse-lhe: Até vós mesmos estais sem entender?”

Os discípulos ficaram atônitos diante daquilo que eles julgavam uma parábola. Sim, era a única conclusão. Só podia ser uma parábola. Tal conjectura é cabível, pois que a lei dietética de Levítico 11 era sagrada demais para todos os judeus, tanto para os discípulos, como judeus comuns, fariseus, irreligiosos, etc. O estonteamento dos discípulos, por conseguinte é natural, dada a posição em relação às coisas imundas condenadas e proibidas por Deus.
.
A diferença, porém, é que para a solução do problema e conseqüente esclarecimento, os discípulos foram humildemente suplicar a Jesus Cristo e Ele os atendeu, clareando as nuvens negras que envolveram as palavras divinas: “O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca...”

Hoje, lamentavelmente, centenas de pessoas como você que ouvem aqui e acolá lendo do mesmo modo da Bíblia que, havendo algo obscuro ou encoberto à primeira vista, ao invés de se proporem a ir a Jesus Cristo com quem estude e assim com humildade estudar a Palavra, comparando o texto, para se chegar à Verdade que o versículo quer ensinar, simplesmente concordavam com aquilo que, para elas o era mais conveniente.

Evidentemente, é muito mais fácil transgredir que sacrificar. Ler que estudar. Consentir que renunciar. Transigir que obedecer. Isso é próprio da natureza humana. Mas... não é o correto!


Com os discípulos foi diferente. Tomados que foram de estupefação tal, pois para eles, apenas ver ou sentir algo imundo lhes causava ojeriza (até de sua sombra corriam), quanto mais a idéia de comer carnes imundas, proibidas por Deus.
Era inconcebível! Por isso rogaram a Jesus Cristo explicar-lhes tal versículo. E isso fez o Mestre, com todo amor.
– Solicitemos agora ao Senhor, que esclareça o assunto para nós.
A epígrafe ou título “A Tradição dos Anciãos” do capítulo 15 de Mateus, não é inspirado (foi acrescido pelo tradutor) como se sabe; porém, é de significado ímpar. Ouça a argüição dos fariseus a Jesus Cristo: Mateus 15: 2 – “Por que transgridem os Teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos quando comem pão.”
Observe que o enredo começa com uma tradição, uma entre as muitas e infindáveis tradições dos judeus religiosos, tinha preeminência aquela de, antes de qualquer refeição, lavar as mãos muitas vezes (Mar. 7:3), como se fora uma cerimônia solene. Aliás, era de fato uma ablução imposta, um cerimonial preceituado. Lavava-se tanto as mãos, não para torná-las limpas, como é normal, antes de qualquer refeição!
Simplesmente era um hábito para satisfazer uma a tradição dos anciãos, doutores da Lei, que faziam uma analogia do ato de se comer com a oficialização de um sacerdote em seus serviços de oferecimento de sacrifício, sendo que o senhor de uma casa era tido como o sacerdote que teria que se purificar antes de oficializar o abate e posterior oferecimento do animal no altar do Senhor, sendo assim a mesa onde se comia era tido como um altar onde tudo teria que representar os ditames dados aos sacerdotes sendo assim crio-se a tradição chamada de Netilat Yadayim que não se tratava simplesmente de lavar-se com sabão e água e limpar-se. Não, não. Havia os movimentos certos que deviam ser feitos, tudo pré determinado, até a quantidade mínima de água era estipulada. Então era preciso derramar um pouco d’água nos dedos e palmas da mão, primeiro uma, depois outra, erguendo a mão o bastante para que a água escorresse pelos punhos, mas não até deste ponto.
Além disto a pessoa tinha de cuidar que a água não escorresse pelas costas da mão. E depois a pessoa deveria esfregar uma mão na outra, indo e vindo, para lá e para cá. Se não houvesse água nenhuma, poderia ser feita uma espécie de lavagem a seco, simplesmente fazendo os movimentos como se com água. E nunca se esquecer de proferir as Bênçãos certas antes depois de cada etapa.
conforme a imagem: este era o ritual que Jesus Cristo condenou.


Pois bem, Jesus Cristo e os discípulos, embora primassem pela higiene, não aceitavam nem concordavam com esse ritual demorado e apenas exterior pois sempre era feito para exteriorizar uma psedo-santidade e zelo, que no interior de quem praticava não criava um entendimento correto das ações sendo assim um ato vazio e de certa forma hipócrita.

Então, estudando todo o capítulo 15 de Mateus, depreendemos que aqueles anciãos transgrediam os mandamentos de Deus, mas suas pessoais tradições eram intocáveis, e colocavam-nas em lugar de destaque (Mat. 15:3).

Será que hoje ocorre ao contrário? Veja: A voz corrente do moderno cristianismo é adaptar-se ao mundo, fazendo o que a maioria faz, do que ouvir e fazer o que diz a santa Bíblia.
Sei que você , não concorda com isso, certo? Bem, ouça o que Jesus Cristo respondeu àqueles “condutores cegos”:
Mateus 15: 7-8 “Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim.”
Por conseguinte, o problema suscitado naquela oportunidade não é o da comida em si, mas a maneira de se comer, isso é muito claro. O verso 2 informa cristalinamente que a dificuldade residia em lavar ou NÃO lavar as mãos. Com relação à comida, os próprios fariseus disseram: “comer pão”. Lavar as mãos sete vezes era a tradição. Coisa que Jesus Cristo e os discípulos não abonavam, tanto que comiam sem praticar aquela ablução.

Quanto à comida, era caso encerrado: os judeus possuíam verdadeira idiossincrasia (repulsa em grau máximo) às carnes imundas, proibidas por Dsus. E como Jesus Cristo sendo obediente ao Pai, autor da prudente, boa e sábia lei dietética, nada mais fiel aceitar que, sobre aquela mesa cercada de gente para comer, não havia comidas proibidas por Deus.
Isso é tão verdadeiro quanto comprobatório, pois tempos mais tarde após este incidente, Pedro declarou, alto e bom som, muito dramaticamente, quando foi por Deus ordenado a comer alimentos que estavam no lençol de sua visão em Atos 10: 14: “Nunca Senhor, comi coisa comum, ou imunda.” Ora, não estaria Pedro mentindo para D-us agora, se naquele acontecimento com Jesus ou mesmo posteriormente, tivesse comido carnes imundas?
Portanto, está claro que, naquela oportunidade, quando Jesus mencionou o verso que estamos estudando, não havia sobre aquela mesa nenhuma carne proibida por Deus, e muito menos houve autorização para o seu consumo, pois desde este incidente de Mateus 15 até Atos 10, passaram-se algumas décadas e Pedro disse categoricamente, diante do lençol cheio de animais que descia do Céu: “Nunca, Senhor, comi coisa... imunda.”
Bem, é possível que alguém ainda questione esta Verdade, agarrando-se cegamente na declaração de Jesus Cristo em Mateus 15:17: Tudo o que entra pela boca desce para o ventre, e é lançado fora.” Entende de uma vez por todas que Jesus Cristo sempre Se serviu de parábolas e expressões metafóricas, para ilustrar verdades eternas.
Por isso que, relativo a esse verso, não podemos fazer uma aplicação literal, porque o Senhor
Jesus Cristo nunca teve tal intenção. Sabe por quê? Porque nem tudo o que entra pela boca vai para o ventre e é lançado fora. Por exemplo: arsênico, formicida, soda cáustica, etc. E... você acha que Jesus Cristo não sabia disso? Não foi por meio dele, sendo ele a Palavra usada por Deus, que fez nosso estômago? (Em sã consciência e usando o bom senso, também ninguém comeria alguma coisa envenenada para pôr à prova este texto. Isto seria tentar ao Senhor, o que é proibido por Ele mesmo).
– Dirá alguém: Jesus Cristo errou? Não ,  Mil vezes não! Jesus Cristo jamais erraria. Claro como a luz solar, para os filhos da luz, foi o fato de que Jesus Cristo queria ensinar, com esta ilustração, não a autorização para consumir carnes que Deus proibiu a milênios, mas a verdade de que: Mateus 15: 18-19 “O que sai da boca, procede do coração. E isso contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.” Jesus Cristo usa o vocábulo “coração” para representar a faculdade que planeja e decide. Na verdade a mente é a sede dos pensamentos e decisões. É aí onde atua o Espírito Santo, e todos os atos e gestos são dirigidos por este comando motor (sensório). Desta maneira, estas “coisas” procedem, não do coração em si, mas, da mente.
O Mestre conhecia aqueles corações farisaicos de sobejo. E era esta relação de impurezas que povoava suas mentes. Acrescente-se a isso a repulsa que mantinham em não aceitar o humilde Nazareno e Seus ensinamentos. Mas, você, Caro Leitor, agora já conhece toda a história deste texto bíblico, e pode compreender com clareza que Yeshua não está liberando o consumo de carnes proibidas por Deus, mas sim que é o “coração” (mente) o centro de tudo, no que tange aos sentimentos e, por isso diz a Bíblia: Provérbios 4: 23 “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida.”


texto adaptado por motivos linguisticos

Sem comentários:

Enviar um comentário